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sexta-feira, 27 de abril de 2012

TVArte - Santa Cecília dança nos pés de Artesãos


Santa Cecília dança nos pés de Artesãos

Nova coreografia da cia. Artesãos do Corpo traz oito intérpretes para mostrar imagens tiradas de histórias do bairro central
Descrição: Descrição: FP20120416-112403


A dança-teatro Cecília, da Artesãos do Corpo, estreia em 5 de maio (sábado), às 21h, no teatro Coletivo Fábrica, na Consolação. A temporada é curta e popular (ingresso R$ 10); apresentações até 20 de maio, sábados, 21h, e domingos, 20h.

A matéria-prima do espetáculo são breves narrativas sobre um bairro com nome de santa, com mote na vivência da companhia em Santa Cecília, onde tem sede e promove ações artísticas e socioculturais com os moradores e com a arquitetura da região, desde 2001 - agora, ela realiza como ação de formação gratuita em dança-teatro o Levante.

Com 13 anos de estrada, o grupo de Mirtes Calheiros joga para a plateia um argumento simples: sonhos. No tablado, fantasias ganham vida através dos movimentos de oito bailarinos-atores. A base do corpo cênico resulta de técnicas orientais (ioga, aikido, tai chi e do ho). “Durante os ensaios, pesquisamos as possibilidades de criar composições buscando estímulos internos do corpo (órgãos – coluna vertebral) e externos (vento, temperatura) na construção de imagens”, diz o ator-bailarino Ederson Lopes.
Após se inspirar livremente no livro As Cidades Invisíveis, de Ítalo Calvino, para conceber seu espetáculo anterior - Formas que o Acaso e o Vento Dão às Nuvens, apresentado nas ruas, a companhia volta novamente ao escritor.

Em Cidades Invisíveis, várias cidades pareciam estar descritas, mas o autor falava apenas de uma. “Ao enfocar a região de Santa Cecília, a companhia trata também de outros lugares com a mesma relação diária. Martirizada no século III, após ter sua garganta cortada, Santa Cecília sangrou três dias antes de morrer. Ao olhar sua imagem retorcida é impossível não se lembrar dos que vivem no chão das ruas da cidade”, diz a socióloga e bailarina Mirtes Calheiros, responsável pela concepção e direção.

Dois homens (Ederson Lopes e Ken Kronaz) que encontram uma mulher/anjo no chão e um animal que procura seu filhote na terra ocupada pelos “sem prantos” são algumas das histórias que procuram refazer o bairro por imagens.

Os estudos de antropologia e literatura ampliaram a pesquisa cênica e coreográfica dos intérpretes e a tradução dessas sensações em dança. Acostumada a se apresentar em lugares não convencionais, como ruas e parques, a companhia teve como foco de laboratório o contato do corpo com a cidade e leva sua experiência para o teatro.

 Em Cecília, além do universo poético-urbano de Ítalo Calvino, o argumento coreográfico é baseado nas reflexões do sociólogo Zigmunt Bauman: quanto mais o espaço e a distância se reduzem, maior é a importância atribuída; quanto mais é depreciado o espaço, menos protetora é a distância, e mais obsessivamente as pessoas traçam e deslocam fronteiras.

Duração: 60 minutos      Recomendação etária: 12 anos
Descrição: Descrição: FP20120416-114014Para roteiroCECÍLIA
Curta temporada popular, de 5 a 20 de maio. Sábado, 21h, e domingo, 20h. Teatro Coletivo Fábrica, sala 1. 134 lugares. Rua da Consolação, 1.623, Consolação (estações Paulista e Consolação do metrô). Tel. 3255-5922. Acesso e banheiro para cadeirantes. Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (estudante e terceira idade); a bilheteria abre uma hora antes do início do espetáculo. Estacionamento conveniado na rua da Consolação, 1.681 (R$ 10).

Breves perfis
Cia. Artesãos do Corpo
A dança em paisagens urbanas; a experimentação contínua dos princípios de Rudolf Laban; a criação em ato; e o tripé antropologia-dança-cidade são linhas de pesquisa da Cia. Artesãos do Corpo desde sua formação, em 1999, pela bailarina, socióloga e pesquisadora Mirtes Calheiros.
Desde 2006, promove o Visões Urbanas - Festival Internacional de Dança em Paisagens Urbanas, anualmente, no primeiro semestre em São Paulo. O evento integra a rede internacional de festivais de dança em espaços públicos CQD – Cidades que Dançam (www.cqd.info). Em sete edições, o Visões Urbanas reuniu bailarinos da América Latina e União Europeia (Bélgica, Portugal, Cuba, Argentina, Espanha, Turquia e França etc.).
Entre suas 15 criações (nove para o palco e seis para espaços não convencionais e paisagens urbanas) estão CordeiroEspasmos Urbanos, Pequeno Espaço Para Ser Eu Mesmo e Duas Mulheres com Sombrinhas Brancas no Lugar da Fábrica de Explosivos (PAC – Programa de Ação Cultura do Estado de São Paulo – 2007), apresentado em 2008 no Coletivo Fábrica, unidades do Sesc e Teatro de Dança.

Mirtes Calheiros, concepção e direção
Criadora, diretora e intérprete da Cia. Artesãos do Corpo desenvolve um estilo de criação a partir do improviso e da eloquência do corpo. Estudou com pesquisadores cênicos e mestres do Brasil e exterior como Yoshito Ohno, Akira Kasai e Toshi Tanaka, os três do Japão, Mamou Ba, do Senegal, e Dominique Bertrand, da França, e leciona dança-teatro, em Santa Cecília, em São Paulo. Socióloga e pesquisadora do movimento responde pela curadoria e direção artística do Visões Urbanas - Festival Internacional de Dança em Paisagens Urbanas.
Ficha técnica
Concepção, coreografia e direção: Mirtes Calheiros
Elenco: Bárbara Freitas, Ederson Lopes, Gisele Ross,
Ken Kronaz, Leandro Antônio, Margarita Hernandez,
Mirtes Calheiros e Odete Machado
Som: Marcelo Catelan
Luz: Bruno Garcia
Figurinos: Núcleo Artístico Artesãos do Corpo e Maria Gomes
Texto da cena “te voy a contar um cuento”: livremente inspirado no conto de Rubén Dario (Nicarágua – 1908)
Projeto Gráfico: Bruno Pucci
Fotos: Fabio Pazzini
Assessoria de imprensa: Luciana Cassas e Lica Nielsen
Produção: Ederson Lopes – The Woody Projetos Culturais

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